Quando pequeno me lembro de minha mãe costumeiramente perguntando: Menino, você está com a cabeça nas nuvens? O contexto desta frase significava uma pessoa estava distraída, alheia aos acontecimentos ao seu redor naquele momento.

Atualmente, a frase “Com a cabeça nas nuvens” tem uma conotação diferente, principalmente para os profissionais de TI. Refiro-me à Computação em Nuvens ou Cloud Computing, expressão do momento em tecnologia.

Trata-se de uma nova ferramenta de comercialização de recursos computacionais baseados na oferta de serviços disponibilizados através da Internet. Provedores entregarão algumas funções de TI como serviços para alguns clientes e eles não precisarão saber como funciona, simplesmente utilizarão.

A computação em nuvem proporciona alguns benefícios às organizações destacados a seguir:

Redução de custo: A redução do custo na aquisição de toda a infraestrutura necessária podendo ser adquirida sobre demanda.

Flexibilidade: A computação em nuvem possibilita adicionar, substituir e até reduzir recursos computacionais.

Abstração e facilidade de uso: Prover abstração dos usuários da infraestrutura e entregar os resultados independentemente da localização física.

Nomes de peso como Amazon, IBM e Microsoft investem nesta tendência emergente de TI para os próximos anos.

Muitas ferramentas utilizadas por nós já são da computação em nuvem, serviços de e-mail baseados em web, serviços de ferramentas de automação de escritório e softwares de gestão de relacionamento com clientes, tudo pela internet, são ofertados neste modelo. No mundo corporativo a computação em nuvem nasce para solucionar um problema importante dentro das organizações. Essas gastam muito tempo e dinheiro com a manutenção dos seus sistemas de TI e deixam de focar no seu core business. Para atender essas organizações existem alguns modelos de computação em nuvem:

Software como um Serviço (SaaS): um modelo de desenvolvimento de software aonde uma aplicação é hospedada como um provedor de serviço e acessada através da Internet pelos usuários finais.

Plataforma como um Serviço (PaaS): fornece as primitivas necessárias para o desenvolvimento, suporte e entrega de uma aplicação Web e de serviços disponíveis através da Internet.

Infraestrutura como um Serviço (IaaS): fornecimento de uma infraestrutura de computação como um serviço.

Apesar de todas as facilidades alguns desafios precisam ser vencidos para a adoção em massa da computação em nuvens pelas organizações. Questões de segurança e confiabilidade são inibidores do modelo.

Ao utilizar o modelo, as organizações entregam seus dados aos cuidados de outras empresas. Isso causa uma sensação de vulnerabilidade ao contrário do modelo tradicional onde os dados e informações são bem guardadas por seus proprietários.

A velocidade de adoção da computação em nuvem será definida pela velocidade do endereçamento destas questões. Pergunto-me se no modelo tradicional de TI uma empresa endereça essas questões precavendo-se de situações indesejadas.

Definir computação em nuvem é falar sobre como essa tecnologia alterará a forma de atuar das empresas e das pessoas. Com a grande competitividade enfrentada pelas organizações a computação em nuvem deve assumir um papel como diferencial estratégico para as organizações. Uma organização, com uma governança de TI madura preocupada com segurança e confiabilidade de suas informações no modelo tradicional de computação, estendendo essa preocupação para o novo modelo se privilegiará sobre seus concorrentes.

Finalizando, armazenarei este artigo no meu Dropbox. Você já usou ou está com a cabeça nas nuvens?

Rodnei Azevedo possui graduação em Gestão da Tecnologia da Informação no Senac. 17 anos de atuação em vendas consultivas de TI. Vivência em projetos de alta complexidade.